Laudo aponta que remédios comprados na internet causaram morte de jovem em Lages.
Durante cinco meses, a equipe da NSC TV investigou a venda de medicamentos para emagrecer pela internet. O tema veio à tona quando uma mulher de 27 anos morreu em Lages após a ingestão de comprimidos comprados em grupos de WhatsApp.
As pílulas adquiridas pela reportagem do NSC Notícias foram entregues à Polícia Civil, que encaminhou para o Instituto Geral de Perícias do Estado de Santa Catarina (IGP). Os peritos examinaram os supostos compostos naturais para emagrecer com equipamentos capazes de separar e identificar as substâncias misturadas dentro de cada cápsula. Os laudos apontaram o que realmente havia dentro dos produtos. — A gente encontrou substâncias sintéticas. São medicamentos controlados que não poderiam estar nos fitoterápicos — explica Gisele Parabocz, perita criminal bioquímica do IGP.
A reportagem adquiriu quatro produtos: Royal Slim, Yellow Black, Original Ervas e Natural Dieta. Todos continham substâncias químicas. Entre as mais perigosas, sibutramina e clobenzorex (anfetamina), ambos estimulantes inibidores de apetite, além de fluoxetina, diazepam e bupropiona, que são calmantes e antidepressivos.
As substâncias estão na lista das altamente controladas do Ministério da Saúde. Só podem ser compradas com receita médica especial devido ao alto risco à saúde e porque podem causar dependência.
A Anvisa diz que cabe à Agência de Regulação o registro sanitário de medicamentos. Explica que o uso de anoxerígenos deve ter orientação médica.
Fonte: NSC Total