Medicamentos, cirurgia ou dietas: seu médico é quem pode indicar sua melhor opção

Com 1,74 de altura e 110 kg, Christiano Gomes de Lima acumulava problemas de saúde aos 43 anos. Depois de ser alertado várias vezes pelos médicos que devia perder peso, ele decidiu fazer dieta e conseguiu bons resultados. Animado, voltou a se exercitar e ganhou ainda mais qualidade de vida. A seguir, ele conta como conseguiu emagrecer:

medicamentos, cirugia ou dietas: seu médico é quem pode indicar sua melhor opção.
medicamentos, cirugia ou dietas: seu médico é quem pode indicar sua melhor opção.

Eu já estava acima do peso há vários anos, mas em 2018 engordei mais ainda, chegando aos 110 kg. As roupas que comprei em janeiro já não me serviam mais em julho. Todos os meus exames pioraram. Eu já tinha esteatose hepática (gordura no fígado) grau 3 há seis anos e estava ‘a caminho’ da cirrose. Tomava remédio e não resolvia.

Com pressão alta há 10 anos, o médico dobrou meu remédio para hipertensão, pois o medicamento não estava funcionando. Pelos meus exames de glicemia, eu já podia ser considerado com diabetes tipo 2 e também comecei a tomar remédio para controlar o colesterol, que já estava e nível alarmantes. Ainda fazia sangria para diminuir a ferritina, que não baixava só com os remédios. A solução para todos esses problemas era uma só: emagrecer logo.

De início, procurei a cirurgia bariátrica. Porém, conheço alguns amigos que fizeram a operação e me assustava o fato de eles terem engordado tudo novamente após o procedimento, depois de tantas dificuldades que enfrentaram por causa dos cuidados que qualquer cirurgia exige.

Mesmo assim, fui a uma endocrinologista e falei que pensava em bariátrica. Ela disse da dieta cetogênica e resolvi aderir. No primeiro dia segui bem. Já no segundo dia sofri com fome e até dor de cabeça, pois tinha deixado de comer feijão, arroz e isso estava fazendo falta. A partir do terceiro dia foi mais tranquilo. A dieta era tão restritiva que, por não poder comer quase nada, eu não sentia falta. O problema era visitar a casa dos meus pais, que sempre tem muita comida.

O processo todo foi bem tranquilo. Foi muito de colocar na cabeça o que é saudável ou não nas refeições. Eu comprava chips de soja, torrada de soja e tomava com café sem açúcar. Minha maior dificuldade era resistir à vontade de comer besteiras nas ocasiões sociais. Mas em casa não tinha problemas.

Passados quatro meses desde o início da dieta, eu já estava com 80 kg. Ou seja, perdi 30 kg. Comecei a fazer musculação, voltei a pedalar de mountain bike, jogar tênis e praticar jiu-jítsu quatro vezes por semana.

Os exames mostravam melhoras significativas na minha saúde. E tudo isso também me deixa motivado para seguir com uma boa alimentação e a rotina de exercícios. Todos à minha volta comentavam a diferença e minha autoestima só aumentava.

Minha rotina hoje é intensa. Durante a semana, levanto às 5h30, faço musculação das 6h às 7h. Trabalho das 8h às 17h e depois vou para o jiu-jítsu. No domingo faço trilha de bike.

Nos setes meses que seguiram após emagrecer 30 kg, ganhei 12 kg, mas 7 kg foram de massa magra. Minha meta agora é perder 6 kg e preciso adequar a dieta à minha nova rotina física, que hoje exige muito mais energia (carboidratos).

Estou muito feliz com meus resultados. Tenho me destacado nos esportes que pratico. Depois de dez anos tomando remédios para várias doenças, hoje não preciso mais. Também não sou mais considerado diabético. A maior vitória nisso foi recuperar minha saúde.

Fonte: UOL/VivaBem